Prestar atenção desde o conforto do funcionário ao sentar para digitar até a forma como ele manuseia seus equipamentos e encara as situações que deve resolver no seu expediente faz toda a diferença. Um trabalhador não precisa se prejudicar para desenvolver suas funções com qualidade. Muito pelo contrário: quanto mais confortável e seguro, ele estiver em seu ambiente de trabalho, física e emocionalmente, melhor será seu desenvolvimento.
O que é ergonomia?
Regulamentada pela Norma Regulamentadora 17, a ergonomia analisa o ambiente de trabalho com a finalidade de torná-lo melhor para o trabalhador. Segundo o dicionário, trata-se de uma “otimização das condições de trabalho humano, por meios de métodos da tecnologia e do desenho industrial”. A aplicação dela tem como intuito respeitar e priorizar o bem-estar dos colaboradores para deixar o ambiente seguro e eficiente.
Para isso, é necessário que se analise o local, bem como a pessoa executa as suas obrigações, e transformá-lo para que ele não acarrete nenhum prejuízo físico ou mental a quem o executa. Atualmente observa-se que locais onde a ergonomia é aplicada devolvem ao laboro uma eficiência de até 235% maior que os que não tem essa prática desenvolvida. Portanto, o investimento nessa análise e reparação de comodidade aos colaboradores se mostra muito interessante inclusive para a própria empresa.
O que é Análise Ergonômica do Trabalho?
A Análise Ergonômica do Trabalho – AET, é uma observação das necessidades encontradas que tem como intuito modificar o que for preciso para que elas sejam supridas. Seu ponto chave é identificar tudo o que possa apresentar algum risco ao trabalhador e resolver de forma a minimizar ou até mesmo extinguir o problema.
Atualmente ela é dividida em três grupos de análise:
- Física: analisa a postura, a forma como o trabalho é executada, como os materiais são manuseados, a existência de movimentos repetitivos, a estrutura dos postos de trabalho e demais pontos que podem afetar diretamente a saúde física e segurança dos trabalhadores;
- Organizacional: analisa os estímulos externos e organiza fatores como tempo de trabalho, trabalhos em equipe, funcionamento das logísticas que tem o trabalho individual dentro da equipe. Observa se o grupo envolve a todos de forma organizada e que não sobrecarregue nenhuma das pontas;
- Cognitiva: cuida da parte mental e emocional. Analisa se a carga mental excede o que deve, proporcionar treinamentos para que o trabalho não exija uma sobrecarga por conta da falta de capacidade técnica.
Observe agora como tudo isso funciona na prática.
Como fazer a Análise Ergonômica do Trabalho?
Cada ponto da AET exige uma aplicação planejada e pontual. Todas, juntas, acabarão em resultar numa melhora global do ambiente de trabalho. Para tanto, é necessário dar a devida atenção a cada etapa para que não sobrem falhas ao final.
- Ergonomia física: verifica e proporciona a melhoria de cada ponto material exato. Analisa se a cadeira é adequada, se o computador está na altura correta para aquela pessoa, orienta quanto à postura que deve ter ao trabalhar e como deve alongar-se para que os movimentos repetitivos não ocasionem uma lesão.
- Ergonomia organizacional: utiliza-se de pesquisas para analisar o feedback dos colaboradores sobre o funcionamento da gestão. Dessa forma, consegue aparar as arestas excedentes e reorganizar as equipes que não estão com funcionamento pleno para que o ambiente de trabalho consiga fluir de forma mais leve e funcional.
- Ergonomia cognitiva: mira no treinamento de funcionários, proporcionando uma equipe mais técnica, com maior conhecimento e menor exaustão mental por conta da falta de base para sanar os problemas que surgirem. Isso torna os funcionários mais aptos para discussões sobre resolução de situações e faz com que o trabalho aconteça de forma muito melhor.
Qual é a importância da Análise Ergonômica do Trabalho?
Incluir a Análise Ergonômica do Trabalho em uma empresa é uma faca de dois gumes. Traz benefícios tanto para a empresa, quanto para o funcionário. Ambos saem ganhando de forma praticamente igual. Observe alguns desses ganhos que surgem com a implantação desses cuidados.
Benefícios da AET para seus funcionários e empresa
A segurança de poder trabalhar sem colocar seu corpo em risco é o maior ganho que o funcionário pode alcançar. Ele tem, dessa forma, a garantia de que não será prejudicado de forma nem física, nem mental, pelo excesso de trabalho ou até mesmo pela falta de instrução e subsequente execução equivocada dele é uma dignidade mínima que se pode oferecer ao colaborador.
Aumento da produtividade
Ter um ambiente preparado de forma adequada, treinamento que forneça requisitos suficientes para a execução do trabalho sem que haja sobrecarga mental e abertura para discutir possíveis problemas com quem quer que seja trazem um aumento de produtividade muito grande. Afinal, os empecilhos são diminuídos de forma bastante considerável, sobrando muito mais tempo para que as atividades sejam desenvolvidas com tranquilidade.
Diminuição de ausências (faltas e afastamentos)
Preparar um ambiente equilibrado do ponto de vista físico e mental acarreta, imediatamente, um cenário onde os problemas oriundos da prática laboral diminuem. Um local onde as cadeiras são adequadas, por exemplo, tende a diminuir o aparecimento de lesões na coluna. Por consequência, diminui as ausências por doenças do tipo. E isso acontece com todas as demais melhorias, incluindo LER – lesão por esforço repetitivo, depressão, estresse…
Vale a pena investir em ergonomia na empresa?
Sem absolutamente nenhuma dúvida, o investimento em AET é completamente relevante. À medida em que um melhor ambiente de trabalho é proporcionado a todos, o que acaba acontecendo é o surgimento de um funcionário cada vez mais próximo e fiel à empresa. Isso faz com que o desejo de trabalhar melhor seja interiorizado, afinal, é muito mais fácil vestir a camisa de quem cuida dos seus colaboradores.
Além disso, as economias geradas para a empresa com a redução de baixas por conta de problemas gerados pela má postura ou manejo dos materiais também é inacreditável. A inserção de um cuidado mais atencioso sobre o funcionário e todo o ambiente onde ele passa boa parte do dia é visivelmente benéfica para todos. Então, o investimento nesse tipo de benfeitoria é mesmo uma decisão sábia.